quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Conclusão

As expectativas da pesquisa foram quase todas confirmadas, o tratamento dado pelos grandes jornais a greve foi irrisório em relação a importância do momento histórico. Os jornais Folha de S. Paulo e O Estado de São Paulo durante todo o período deram as maiores manchetes para a sucessão presidencial, sendo que o espaço reservado para a greve não passou de duas páginas.

A cobertura da greve, por esses jornais foi feita de maneira superficial se atendo a oficialidade, as decisões judiciais e aos resultados das reuniões entre os lideres sindicais e o patronato. Há, no entanto, algumas diferenças entre os dois grandes jornais de São Paulo.


A Folha de S. Paulo assumiu um caráter menos agressivo contra a greve, as matérias ainda dão voz a alguns grevistas, embora isso aconteça poucas vezes, é possível detectar algum resquício de voz aos grevistas. Diferentemente do jornal O Estado de São Paulo que na maioria da vezes nem que se quer ouvia os grevistas, esporadicamente uma frase de Luís Inácio Lula da Silva aparecia. O corpo dos trabalhadores em greve não teve voz na cobertura do Estado.



O jornal Movimento fez uma cobertura que explicava as razões da greve e tentava mostrar que pela primeira vez na ditadura militar operários organizados conseguiam se levantar contra os patrões.A cobertura ouviu muito os operários e tentou fazer um relato dos acontecimentos sobre a perspectiva dos grevistas. Essa foi a principal e esperada diferença na cobertura, a grande mídia ouviu o lado oficial e a mídia alternativa fez uma cobertura mais completa e sobre a perspectiva dos grevistas.

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